Dados do Observatório da Erradicação do Trabalho Escravo e do Tráfico de Pessoas, mostra que, entre 2003 e 2018, 1.673 (mil) trabalhadores foram resgatados em situação de trabalho forçado no estado de São Paulo. O levantamento, mostra ainda que, teve 1.092 (mil) resgates de naturais em situação de trabalho forçado, e outros 1.067 (mil) de residentes na mesma situação. A média anual de resgatados foi de 104,6.
Entre 2017 e 2018, houve crescimento nas três dimensões: Resgatados no trabalho forçado passou de 69 para 74, naturais de 17 para 47 e residentes de 61 para 106.
Rural ainda lidera as estatísticas
Entre as ocupações mais frequentes para naturais do estado, trabalhador agropecuário em geral foi o recordista da série analisa com 43% (474) dos casos, seguida de costureiras na confecção em série 15% (165) e a máquina na confecção em série 14% (151).
Já para resgatados residentes, trabalhador agropecuário em geral representa 33% (351) dos casos, seguido também por costureira na confecção em série 18% (194) e a máquina 17% (181).
Subsetor de atividade econômica
Assim como por ocupação, o meio rural é o recordista entre os subsetores. Entre os resgatados naturais, na criação de bovinos para corte, do total, o subsetor ocupou a liderança com 32% (84) dos casos, seguido do cultivo de arroz 26% (68) e fabricação de álcool 9% (24).
Já resgatados residentes, criação de bovinos para corte representou 30% (47) dos casos. Seguido de fabricação de álcool 18% (28) e comércio varejista 13% (20). Destaca-se o subsetor do café, que detém parcela importante de trabalhadores no estado, do total dos casos, representou 12% (19).
Em relação a escolaridade, cerca de 50% dos trabalhadores resgatados naturais e residentes têm a 5ª série incompleta.
A maioria dos casos de resgate são do sexo masculino.
Os resgatados têm entre 18 e 60 anos de idade (masculino e feminino) concentrado entre 18 e 34 anos de idade.