PERFIL DOS EMPREGADOS RURAIS ASSALARIADOS DO SUBSETOR DA MADEIRA NO ESTADO DE SÃO PAULO (arquivo em PDF).
Resumo:
O estudo da FERAESP traça o perfil dos empregados assalariados rurais do subsetor no Estado de São Paulo que conta com aproximadamente 12 mil trabalhadores com carteira assinada.
O subsetor da madeira paulista (eucalipto, pinus, seringueira e nativas) possui mais de 1,3 milhões de hectares cultivados, com pouco mais de 45 mil silvicultores, 3 milhões de hectares de florestas nativas em 150 mil propriedades rurais; é a terceira atividade em ocupação de área no Estado de São Paulo.
Com plantios distribuídos pelo estado, algumas regiões se destacam, tais como: Vale do Paraíba, Serra do Mar e Vale do Ribeira. A silvicultura paulista é a segunda no ranking nacional.
No Brasil, o subsetor da madeira e celulose rendeu em 2019, aproximadamente US$ 12 bilhões de dólares, cerca de R$ 65 bilhões de reais (cotação aproximada para o dia 26 de junho de 2020) e cerca de 5,2% das exportações brasileiras, o subsetor ficou apenas atrás da soja.
Empresas menores concentram a maior parte dos trabalhadores
Empresas com até 99 trabalhadores empregam 72,14% do total de empregados em 2018, já empresas com mais de 1.000 (mil) trabalhadores, empregam apenas 10,15% do total.
Perfil dos trabalhadores
O perfil mostra que, mulheres representa 22,30% do total de empregados e podem receber até 66,27% menos de salário em alguns grupos de produção que homens.
Em média, operadores de motosserra (R$ 1.370,51), ocupação típica da madeira, recebem 34% menos que os operadores de máquinas da construção civil (R$ 2.061,03) e 26% menos que pedreiros (R$ 1.854,26).
O estudo aponta, através de acordo coletivo de trabalho, de uma região especifica que, um operador de motosserra recebe R$ 1.370,51 ao mês, menor que a média estadual em 2018. Em nenhum grupo destacado no estudo, foi observado remuneração média (salário mais benefícios, horas extras …) acima de R$2.500,00.
Além disso, a média de idade observada é de trabalhadores entre 32 e 46 anos, dependendo dos grupos analisados. A maior parte dos trabalhadores possuem ensino médio completo e menos de 1% são analfabetos e o tempo de permanência no emprego, em média, não ultrapassou os quatro anos em 2018.
Os trabalhadores podem sofrer com problemas relacionados a saúde que vão desde a manipulação de herbicidas a consequências no corpo por manipulação de instrumentos de trabalho. A cadeia produtiva da madeira também pode causar problemáticas ambientais, como poluição de lençóis freáticos.
Algumas cidades / regiões se destacam no cultivo, produção e extração, como: Itapetininga com 1.317 mil empregados; Itapeva com 683; Buri com 369; Mogi Guaçu com 356 e Lençóis Paulista com 303.
Direção executiva FERAESP
Estudo: Cristiano Augusto Galdino
Revisão: Michel Fernando Pena