Feraesp

Nota da FERAESP sobre a tragédia humana causada por Bolsonaro e Covid -19

Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo – FERAESP.

Diante da tragédia humana causada pelo governo de Jair Bolsonaro (sem partido) em não controlar a pandemia do coronavírus (Covid-19), a FERAESP através de seu presidente, Jotalune Dias dos Santos, o jota, convoca os dirigentes sindicais, trabalhadores e sociedade em geral a refletir e propor soluções que amenizem esta tragédia anunciada.

No dia 31 de março de 2021, o País, registrou 317,9 mil óbitos causados pela covid, além de 12,7 milhões de casos, de acordo com as secretarias de Saúde dos estados. O Brasil é o segundo país que mais teve mortes causadas pelo vírus, atrás apenas dos Estados Unidos (com 548 mil óbitos, até 31 de março).

Nas últimas semanas o número de óbitos vem batendo recordes e somente no dia 30 de março, 3.780 (mil) pessoas perderam suas vidas.

Bolsonaro, desde o inicio da crise sanitária debocha das famílias e das vítimas ridicularizando e minimizando a pandemia, chamando – a, muitas vezes de “gripezinha”.

Em clara demonstração de preocupação com a reeleição em 2022, Bolsonaro e o ocupante do principal ministério do País, o ministro Paulo Guedes da Economia, insistem em não impor barreiras lógicas para conter o avanço do vírus.

O governo dos Estados Unidos, através de Joe Biden (Democratas), aprovou um pacote de recuperação da economia de US$ 1,9 trilhão (10 trilhões de reais, na cotação do dia 31 de março), ou seja, mais de um Produto Interno Bruto (PIB) Brasileiro que é de US$1,84 trilhão. O projeto prevê que americanos sem emprego e de famílias de baixa renda recebam US$1,4 mil (7.900 mil reais) até setembro e um complemento emergencial de US$ 300,00 (1.700 mil reais) para quem recebe o seguro desemprego no país Norte Americano. Vale lembrar que, a situação caótica nos Estados Unidos, foi causado pelo governo de Donald Trump (Republicanos), no qual Bolsonaro era alinhado ideologicamente e politicamente.

No Brasil de Guedes e Bolsonaro, foi aprovado um novo auxilio emergencial em 4 parcelas, e, os valores variam entre R$150,00 e R$375,00, o que não é suficiente para a compra de uma cesta básica que gira em torno de R$600,00 nas principais capitais do Brasil, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).

Países bem sucedidos no combate ao coronavírus, implementaram a estratégia do lockdown (confinamento), o resultado disso é que, agora, essas nações reabrem suas atividades econômicas com possibilidade de recuperar os danos econômicos e sociais intensificados durante o pior período da crise. Exemplo disso foi a Nova Zelândia, de acordo com DIÁRIO DO NORDESTE, “considerado um dos países que melhor lidam com a pandemia, a Nova Zelândia registrou pouco mais de 2 mil casos e 26 mortes pela Covid-19 desde o ano passado. A nação liderada por Jacinda Ardern adota um rigoroso sistema de rastreamento de casos que, quando confirmados, podem fazer com que cidades inteiras passem por um lockdown de curto período”.  Outro exemplo é o Vietnã, o país asiático é um dos mais bem sucedidos na condução da pandemia em todo o mundo. Vizinho da China, onde a Covid-19 surgiu, a nação habitada por 95 milhões de pessoas foi uma das primeiras a notificar a Covid – 19 e a adotar medidas restritivas, o país registrou “apenas” 35 mortes causadas pelo vírus.

Na contramão desses exemplos bem sucedidos, o governo Brasileiro não adotou medidas lógicas para conter o avanço da pandemia, pelo contrário, Bolsonaro, inclusive, incentivou a volta da atividade econômica em meio a perda de milhares de vidas e incentiva seus adeptos a não cumprirem regras de proteção básica como; o uso de máscaras e álcool em gel.

Países da Europa, Ásia, Oriente Médio e Estados Unidos, aprovaram e adquiriram as vacinas contra o coronavírus no final do ano passado (2020), ao contrário de Bolsonaro e seus desastrosos ministros da Saúde. Somente no inicio de 2021, foi aprovada a vacina do Butantan em parceria com uma farmacêutica Chinesa.

Para efeito de comparação, os Estados Unidos, já vacinaram, até 31 de março, mais de 140 milhões de pessoas, o Brasil conta com apenas 18 milhões de vacinados (com pelo menos a primeira dose), Israel, já imunizou quase 60% de sua população e já começa a voltar a normalidade anterior a pandemia.

Os sindicatos e dirigentes sindicais, em especial, os de assalariados rurais, que a FERAESP representa, precisam se atentar aos focos de contaminação, como nos transportes dos trabalhadores e exigir das empresas medidas de proteção rígidas, já que o setor do agronegócio é considerado essencial.

Portanto, tem que necessariamente haver um entendimento do governo e com a liderança do ministério da Saúde em implementar medidas como o confinamento, com aporte financeiro digno aos trabalhadores para que esses preservem suas vidas e dos demais brasileiros. A FERAESP é terminantemente contra a adoção de medidas que retiram a renda dos trabalhadores como a antecipação de 13 ° salário e retirada de parte do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o governo deve amparar os trabalhadores e repassar o ônus dos gastos a quem de fato pode pagar, como, a implementação de impostos em grandes fortunas.

 

31 de março de 1964, data do Golpe Militar no Brasil.

 DITADURA NUNCA MAIS!

Bauru – SP, 31 de março de 2021.

Jotalune Dias dos Santos,

Presidente.

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