O que é?
A inflação estrutural, está atrelada a inflação de oferta. Acontece que, a infraestrutura de produção é precária ou insuficiente, o que eleva os preços de venda no futuro.
Como?
Imagine uma fábrica, por exemplo: equipamentos enferrujados ou em mau estado de conservação podem influenciar diretamente na confecção dos bens, estragando-os. Ou então, a precariedade na arquitetura do local pode agregar uma série de riscos e periculosidade para os funcionários.
Esses e outros fatores acabam elevando o custo da produção, visto que a empresa precisará dispor de muito mais dinheiro para efetuar um serviço de qualidade.
A inflação estrutural pode ser aplicada, ainda, sobre as condições de transporte do bem de consumo. Ou seja, caminhões em mau estado de conservação ou estradas demasiadamente esburacadas podem causar um impacto prejudicial ao produto.
Pense numa distribuidora de carnes bovinas: são produtos que demandam de cuidados especiais com relação a temperatura, armazenamento, embalagem, e assim por diante, certo?
Caso o frigorífico não atenda as exigências com relação a estrutura necessária para esses produtos, como câmaras frias funcionando perfeitamente, por exemplo, as carnes poderão sofrer uma alteração sensorial e consequentemente, terem seu preço inflado por restarem poucas unidades boas para consumo.
Ou seja, por conta da má estrutura do local, o produto será vendido mais caro.
E aqui nós entramos naquela questão de “empobrecer” o consumidor. Veja, se as poucas unidades que restaram fossem vendidas a um custo normal, a oferta não supriria a demanda, o que iria causar problemas lá no início da linha de produção.
Em outras palavras, para não permitir que o problema se espalhe por toda a cadeia comercial, a inflação é colocada em jogo. Já ouviu uma frase que diz “é ruim, mas é bom”? Então, é exatamente isso. A gente paga um pouco mais agora, pra não ter que arcar com consequências econômicas maiores ainda! (Mais retorno: https://maisretorno.com/portal/termos/i/inflacao-estrutural).
Outros tipos de inflação
Inflação de custos: ocorre quando há aumento nos custos de produção, enquanto a demanda permanece estável.
Inflação de demanda: é caracterizada pelo aumento da procura por bens e serviços, acima da capacidade de as empresas atenderem à demanda.
Inflação inercial: acontece quando a memória inflacionária persiste no mercado. Os preços não caem ou sobem, muitas vezes, por causa de mecanismos de indexação que reajustam os valores dos contratos pela inflação passada.
Hiperinflação: É o fenômeno econômico em que há um aumento desenfreado dos preços, diariamente. Tecnicamente, considera-se em hiperinflação uma economia cujas taxas médias de variação de preços de bens e serviços ultrapassem os 50% mensais. Pode ser apenas por um período curto de tempo ou de forma mais continuada.
Estagflação: É o fenômeno em que, mesmo com o crescimento econômico baixo ou nulo, os preços não param de subir. Junção de estagnação + inflação resulta da combinação atípica de recessão e aumento do desemprego com taxas altas de inflação, por conta de outros fatores que pressionam a economia. (InfoMoney, https://www.infomoney.com.br/guias/tipos-de-inflacao/).