Feraesp participa e apoia trabalhadores do acampamento Capão das Antas ​

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Antes mesmo do horário marcado para as 15 horas da quarta-feira, 22, no Plenário da Câmara Municipal, uma multidão de acampados marcou presença dentro e fora do prédio do Poder Legislativo de São Carlos, com faixas e cartazes com manifestação pela regularização, além da instalação de uma banca com  legumes, hortaliças e pães, produzidos pelos moradores do Capão das Antas.

Em emocionado discurso proferido no Plenário Da Câmara dos Vereadores de São Carlos, em local literalmente tomado por quase duas centenas de pessoas, entre moradores do Acampamento Capão das Antas, autoridades locais (como vereadores e secretários municipais), estaduais (Ministério Público) e federais (Incra), além de outras entidades como a Feraesp e sindicatos de professores em geral, de servidores da UFSCar, a trabalhadora e acampada Wanda da Silva, representando as famílias, ressaltou na Audiência Pública, agendada pela Comissão Permanente de Urbanização, Transportes e Habitação do Legislativo convocada para tratar das condições dos moradores  que, ao contrário do que muita gente pensa, os acampados são gente do bem, pessoas decentes e que não estão na área para destruir o meio ambiente, aliás, muito ao contrário, pois todos querem um lugar para poder produzir alimentos para si e para a comunidade.

A trabalhadora ainda destacou a produção de orgânicos e a constante realização de cursos para a melhoria dos produtos do acampamento e garantiu: “queremos plantar uma variedade de produtos e contribuir com a sociedade; somos trabalhadores e amamos a terra, respeitamos o meio ambiente”. Solicitou o apoio das autoridades na Audiência para a regularização da situação do local à transformação em assentamento ou a realocação para uma área que possa receber a todos, ressaltando que “os camponeses não querem que o campo morra. Sem campo nenhuma cidade almoça ou janta. Reforma agrária já, o campo agradece”.

Dentre os manifestantes, e representando a Feraesp e OAB, o advogado  Waldemir Soares Júnior, destacou que essas entidades defendem os trabalhadores e a reforma agrária. Sobre a atual situação do acampamento, manifestou em defesa de solução no sentido de que as famílias tenham acesso à terra, produzir alimentos para si e comunidade.

Ao final da Audiência Pública – que pode ser vista na íntegra neste link: https://www.youtube.com/watch?v=Zgs2SInglEo&t=2478s, ficou definida criação de uma Comissão na Câmara para o encaminhamento da questão de forma sistemática e permanente.