
Rendimento per capita é recorde e desigualdades caem ao menor nível desde 2012
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da PNAD – Continua, mostra que, em 2024, o rendimento mensal real domiciliar per capita chegou ao maior valor da série histórica do módulo Rendimento de todas as fontes, da PNAD Contínua, iniciada em 2012: R$ 2.020, com alta de 4,7% ante 2023. Em relação a 2012 (R$ 1.696), ano inicial da série histórica, a elevação foi de 19,1%.
A massa de rendimento mensal domiciliar per capita também atingiu o maior valor da série em 2024: R$ 438,3 bilhões. O aumento, em termos reais, foi de 5,4% ante 2023. Em relação a 2019, último ano antes da pandemia de Covid-19, a alta foi de 15,0%.
O rendimento de todas as fontes aumentou 2,9% frente a 2023, atingindo R$ 3.057 em 2024, recorde da série histórica. Igualmente, outros indicadores atingiram seus maiores valores reais desde 2012: o rendimento habitualmente recebido em todos os trabalhos (R$ 3.225) e o de programas sociais do governo (R$ 836).
A participação do rendimento do trabalho na composição do rendimento domiciliar per capita cresceu de 74,2% para 74,9%, de 2023 para 2024. Apesar da alta, essa proporção ainda está abaixo da máxima da série (76,9%) atingida em 2014.
A participação dos programas sociais no rendimento domiciliar per capita variou de 3,7% para 3,8%, de 2023 a 2024, ficando bem abaixo do ápice da série (5,9%), atingido em 2020, durante a pandemia.
O 1% da população com maiores rendimentos recebia o equivalente a 36,2 vezes o rendimento dos 40% de menor renda. Esse também foi a menor razão da série da PNAD contínua. O auge desse indicador (48,9 vezes) foi atingido em 2019.
O índice de Gini do rendimento mensal real domiciliar per capita chegou ao menor da série histórica: 0,506. O Gini mais alto da série (0,545) ocorreu em 2018. Esse indicador mede a concentração de renda e varia de 0 (máxima igualdade) a 1 (máxima desigualdade).