Assalariadas rurais.
No estado de São Paulo, existem aproximadamente 305 mil empregados rurais em atividade laboral com carteira assinada, desses apenas 20% são mulheres (63 mil empregadas).
O subsetor da cana-de-açúcar, o que mais emprega no estado, tem um total de 54.432 mil empregados, e, apenas 11,45% (6.223 mil) são do sexo feminino.
O mesmo ocorre no subsetor da laranja, segunda no ranking (total de 44.217 mil empregados), mulheres são 21,35% (9.441 mil).
Assim como o terceiro que mais emprega, criação de bovinos para corte (total de 30.075 mil empregados), mulheres são 14,7% (4.426 mil).
Mulheres, recebem de remuneração média (salário com benefícios e vantagens contratuais, como hora extra, insalubridade, comissões, vale-transporte, entre outros) no estado, 25% menos que homens.
Na cana de açúcar, elas recebem, 31% menos que homens;
Na Laranja: 21% menos que homens e
Na criação de bovinos: 13% menos que homens.
Nesse 8 de março, dia internacional das mulheres, a FERAESP alerta para as muitas desigualdades de gênero que ainda insistem em existir, em especial, para as assalariadas rurais no estado de São Paulo, e, defende, a luta delas pela igualdade. Não apenas isso, mas também, propõe uma reflexão sobre a violência contra a mulher que ainda é um problema latente no Brasil, sobretudo, a violência sofrida pelas mulheres do campo que tem mais dificuldades de serem identificadas e denunciadas dada as características do setor (muitas mulheres no campo vivem em áreas de difícil acesso para as fiscalizações e de aplicação de políticas que as beneficiam).